fotografia, processos, alternativas

Calótipo, Diário, Placa úmida de Colódio

Projeto Arte Fazenda, janeiro de 2015

Existem aqueles problemas que você torce pra tê-los. Montar dois cursos sequenciais para o Projeto Arte Fazenda foi bem o caso. Fui convidado pela fotógrafa e educadora Mônica Machado para participar dos primeiros passos do novo local para residências artísticas em Minas Gerais. A antiga fazenda está transformando sua estrutura para abrigar artistas dispostos a passar períodos hospedados no local, se concentrando em sua produção autoral.

Uma das áreas de descanso da linda fazenda

Uma das áreas de descanso da linda fazenda

Nada melhor do que começar também pelos primeiros passos da fotografia. O plano foi dar duas oficinas de processos de captura fotográfica do século 19: negativo de papel – calótipo – e positivos de vidro em placa úmida de colódio, os ambrótipos. São duas técnicas que foram muito importantes para os primeiros 40 anos da arte fotográfica.

Antes dos cursos começarem, o local recebem uma boa reforma e arrumação da Mônica e do Bruno Claro, que também deu assistência valiosa aos cursos.

O galpão ainda em arrumação. Ótimo local para montar cenas e fazer retratos.

O galpão ainda em arrumação. Ótimo local para montar cenas e fazer retratos.

Área do laboratório em arrumação

Área do laboratório em arrumação

Área do laboratório em arrumação

Área do laboratório em arrumação

Apenas parte dos químicos utilizados durante os dois cursos.

Apenas parte dos químicos utilizados durante os dois cursos.

O filtro duplo do lado esquerdo foi levado por mim. É um deionizador, que torna a água ideal para os processos.

O filtro duplo do lado esquerdo foi levado por mim. É um deionizador, que torna a água ideal para os processos.

O primeiro curso foi de 4 dias sobre os calótipos. No caso, a variante seca desenvolvida pelo francês Arsène Pélegry em 1879. Os alunos passaram por todos os passos necessários para produzir um estoque de várias folhas de papel sensibilizado. O calótipo seco tem o funcionamento semelhante ao filme fotográfico, ele pode ser guardado e usado e processado quando convir. Apenas os tempos de exposição e revelação são beeeeem mais longos.

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Eu vou ter que mostrar as imagens produzidas mais detalhadamente em algum outro post. Vou deixar algumas aqui do pessoal usando as cameras pela fazenda e alguns dos resultados.

Passe pelo slideshow:

O segundo curso eu chamei de “Explorações Visuais em Ambrotipia”. Foram três dias de muita fotografia em placa úmida de colódio. A idéia foi fornecer a estrutura e químicos necessários para os participantes ficarem mais livres para fotografar com a técnica sem se preocupar muito com formulações. Assim, eles puderam experimentar a rotina de se fotografar em ambrótipos e explorarem suas idéias visuais.

O primeiro ambrótipo da fazenda!

O primeiro ambrótipo da fazenda!

Durante a oficina, eles passaram pelos passos de corte de vidro e limpeza, aplicação do colódio, sensibilização da placa em banho de prata, revelação, fixação, envernizamento e guarda. Muita coisa!

Passe pelo slideshow:

Os alunos fizeram muita e muita foto. Não dá pra colocar tudo nesse post. Vou colocar apenas algumas imagens de cada um.

Passe pelo slideshow:

Obrigado e parabéns aos alunos dos dois cursos. Foi um prazer montar e tocar essas aulas nessa fazenda super gostosa! Obrigado a Mônica Machado pelo convite!

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Grande abraço e até a próxima!

Roger Sassaki

A turma do curso de ambrótipos!

A turma do curso de ambrótipos!

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1 Comment

  1. Adorei o post,
    gostaria de maiores informações sobre cursos de processos históricos de fotografia. Sou professora de fotografia na PUC Minas e estou pesquisando atualmente estes processos.

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