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Analógico, Calótipo, Diário

O calótipo seco de Arsene Pélegry

Auto-retrato em calótipo seco, 2014

Nova técnica antiga!

Esta foto é a minha primeira tentativa, com sucesso felizmente, de utilizar uma técnica de 1879: Calótipo seco de Arsene Pélegry.

Naquele ano, Pélegry publicou um guia prático chamado “A fotografia dos pintores, dos viajantes e dos turistas”. Ele explica passo a passo como fazer negativos secos de papel. Esta foi a última grande revisão, que tenho conhecimento, do processo de Fox Talbot de 1841. Porém, o calótipo de Talbot tinha que ser usado ainda úmido dos químicos para funcionar.

Negativos secos e encerados já haviam sido desenvolvidos, principalmente por LeGray. Porém a técnica de Pélegry é mais fácil de executar e não envolve encerar os papeis previamente. Outra grande vantagem, é seu longo tempo de guarda, pode ser exposto até mais de seis meses depois de ser sensibilizado e pode ter sua revelação adiada por algum tempo.

Essas características possibilitavam aos fotógrafos viajarem de forma leve, só com as folhas sensibilizadas, sem precisar arrastar os materiais pesados que a placa úmida de colódio exigia.

Ou seja, agora é andar por aí fotografando em meu próprio “filme” fotográfico de papel!

Auto-retrato
Calótipo seco, método Pélegry
Papel Canson Marquer 25x28cm
EV(100)15
f/11; 90 segundos
Revelação: 1 hora em ácido gálico, cítrico e nitrato de prata

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